- O autor do texto valoriza e orgulha-se do facto de nada restar da aldeia sem vias de comunicação dos anos 50, por oposição às ruas largas que no seu mandato se construiram, acerca das quais mostra preferência.
- O novo ex-libris da aldeia é apresentado como o novo largo da Latada revestido a pedra granítica, betão, tijolo e cimento.
- Indirectamente qualifica alguns Pendilhenses descontentes como retrógrados por amarem a memória da terra natal face ao desenvolvimento...
- Colocar o nome Pendilhe com letras vermelhas revela uma deselegância por parte do redactor do jornal.
O que o Pendilhense pretende não é estar contra o modernismo ou desenvolvimento mas sim integrá-lo na estética da aldeia de modo a que não se destrua o seu legado histórico.
Note-se o artigo noticioso:
- Logo no início verifica-se uma generalização precipitada. O autor refere que a maioria dos pendilhenses não está de acordo com a constatação da verdadeira realidade - destruição da latada. O leitor só percepciona esta ideia quando se abastrai da oração entre vírgulas no parágrafo. Calcula-se que a frase complexa que inicia o parágrafo terá sido propositadmente escrita dessa maneira para desviar a atenção do leitor relativamente à mensagem principal.
- Um deslize linguístico quando se dirige ao chafariz pela primeira vez na notícia, remetendo para um dúbio sentido logo prontamente reteficado.
- Acusa o jornal "Notícias da Região" de transmitir desinformação ao leitor.
- Não é necessário ao jornalista que fez a notícia publicada no jornal de Viseu acreditar em quem lha vendeu - bastou ir ao local e constatar a verdade.
- Se a suposta transformação tem em vista a criação de um ex-libris para a aldeia, então as noções de aceitável e os valores de tolerância e respeito estão totalmente detorpados por quem monitorizou a obra.
- Surge-nos uma certa questão após a interpretação do excerto "...valorizou a presença da nossa igreja paroquial essa sim uma verdadeira relíquia..." - o que é que a igreja paroquial tem de valor a mais que o chafariz?
- Os proprietários cederam os terrenos porque tinham, ao abrigo do código de expropriação, de cedê-los, quer quisessem quer não. Portanto tal facto não se deve à compreensão da obra mas sim à impossibilidade de rejeição ou anulação de tal acção.
- O autor considera o aparecimento dos vestígios arqueológicos uma dificuldade criada. O seu aparecimento foi mero acaso. Ninguém em Pendilhe fazia ideia que ruínas romanas estivessem sob as hortas da Latada.
- Não há local mais digno para os achados arqueológicos que o próprio sítio onde foram encontrados. Dignidade é bem diferente de interesse.
- É referido igualmente que o local do chafariz vai dar origem a um caixote de betão - o museu local. Interrogamo-nos então o que é que se faz ao do Alto da Lameira?
- A numeração das pedras consistia nuns rabiscos de tinta ambíguos, sobre a rocha. Para além disso, como foi já referido neste blog, encontraram-se durante muito tempo à beira da estrada à mercê de quem quisesse pegar nelas.
- O local para o qual a fonte do Barreiro foi deslocada não constitui qualquer referência da povoação, visto não ser o original e em nada se relacionar com a história do povo de Pendilhe, ao longo do tempo. A si não lhe está associado qualquer valor patrimonial, tradicional ou cultural.
- Sob a foto da notícia encontra-se a designação de "Largao" relativamente ao novo largo da Latada. Será que se pretendia mostrar que a obra é de uma magnificiência tal que transpõe a categoria de largo, chegando a ser uma Largao?
- De acordo com a legenda da figura, apresenta-se ao fundo a igreja. O que o leitor verifica é que a igreja ocupa um canto da fotografia estando ao fundo o salão paroquial e uma casa de habitação...