Monday, September 12, 2016






 Aqui está este gatinho despreocupado
 sem casa nem beira, nem nada na mão.
 Dorme onde o acolhem sem nada pedir,
 é feliz desde o outono ao verão





Nesta parede de lameiro no Souto,
junto ao povoado de S. Romão
está esta pia partida ao meio
que outrora serviu para esmagar pão

Deste povoado, pouco resta
agora coberto por um giestal.
Dos vestígios, algumas pedras cinzeladas;
a pia, as sepulturas e alguns torresmos de metal.








 A natureza tudo nos dá
mas temos de trabalhar,
as silvas dão-nos as amoras
mas picam para as apanhar.

Frutos silvestres ao pequeno almoço
com iogurte e cereais.
Foram apanhados em Pendilhe,
lá para os lados dos Tojais.




Nada há de mais belo
que a pura  natureza
sem cinzel ou pintura
 é sempre linda com certeza!






 Há sempre uma luz ao fundo do túnel
mesmo parecendo que de lá, nada vem.
Nunca desistir de caminhar
ter força p`ra ir sempre mais além.

Um portal feito para seu espaço ter,
tanto esforço para as pedras lá colocar.
Hoje já não tem portão nem cancela,
já qualquer pessoa de bem pode passar.






 Um portal torcido, sem nível ou aprumo
talvez curral, celeiro, ou habitação.
Do seu uso, ninguém pode dizer,
na porta passou gente como nós, com coração.






 Esta tranca vedava a passagem
e colocava -se de qualquer jeito.
Ninguém colocava o pé dentro.
Havia muitos valores, até sobrava o respeito!