Ai que saudades eu tenho
Da fonte da Latada
Deitaram tudo abaixo
E já lá não resta nada
A fonte da minha terra
Já não existe, já não goteja
Ficou mais pobre a minha aldeia
E até a vista p’rá Igreja
Nós pedras da latada
Suplicamos a todos vós
Não nos deixeis abandonadas
Em memória dos vossos avós
Vós que ides passando
Ide reparando e vede
As bicas abandonadas
Onde matastes a sede
A vós que ainda estais
Nesta terra tão amada
Tirai-nos deste abandono
Daqui da beira da estrada
Aí, estás tu perdida no chão.
Mesmo à beirinha da estrada.
Se te quiserem levar,
É só carregar… não pagam nada!
Eu, pedra perdida, que fiz parte
De um monumento, que outrora
Pendilhe tanto honrou,
Hoje encontro-me perdida,
E não sei onde estou.
Bem perto da nossa Igreja
Lá estavas tu a verter,
Fosse pobre fosse rico
A todos davas de beber.
A todos davas de beber
E não cobravas um tostão
Agora destruíram-te
E jazes perdida no chão.
Fizeram-te a ti Latada,
P`ra regar hortas e quintais
P`ra beberem as pessoas
E também os animais.
Para lavar a hortaliça,
A roupa e muito mais…
Da fonte da Latada
Deitaram tudo abaixo
E já lá não resta nada
A fonte da minha terra
Já não existe, já não goteja
Ficou mais pobre a minha aldeia
E até a vista p’rá Igreja
Nós pedras da latada
Suplicamos a todos vós
Não nos deixeis abandonadas
Em memória dos vossos avós
Vós que ides passando
Ide reparando e vede
As bicas abandonadas
Onde matastes a sede
A vós que ainda estais
Nesta terra tão amada
Tirai-nos deste abandono
Daqui da beira da estrada
Aí, estás tu perdida no chão.
Mesmo à beirinha da estrada.
Se te quiserem levar,
É só carregar… não pagam nada!
Eu, pedra perdida, que fiz parte
De um monumento, que outrora
Pendilhe tanto honrou,
Hoje encontro-me perdida,
E não sei onde estou.
Bem perto da nossa Igreja
Lá estavas tu a verter,
Fosse pobre fosse rico
A todos davas de beber.
A todos davas de beber
E não cobravas um tostão
Agora destruíram-te
E jazes perdida no chão.
Fizeram-te a ti Latada,
P`ra regar hortas e quintais
P`ra beberem as pessoas
E também os animais.
Para lavar a hortaliça,
A roupa e muito mais…
Foram os nossos Avós
Que tanto trabalharam para ter
Uma fonte cristalina,
Onde todos pudessem beber.
Não tiveste salvação
A dor é de todos nós,
Foram punhaladas que deram
Na memória dos nossos avós.
Ó pedras da Latada
Tão desprezadas estais e sós,
Sóis o espírito do nosso povo
A alma dos nossos avós.
“Cederam “as hortas de Pendilhe
Mas foi ideia mal talhada
Puseram um W.C.
No lugar das fontes da Latada.
Na fonte da Latada
Tanto se namorou…
Gente e animais beberam,
E agora tudo acabou.
E os canecos à noite em fila
À espera de encher,
P’ra termos água em casa
E podermos adormecer
Lá vai o caneco cheio,
Sobre a cabeça, qual Andor
Foi buscar água à Latada
Que é boa e tem outro sabor.
Que mal fiz eu fonte
Para tanto penar?
As voltas que eu já dei…
Por favor, deixem-me descansar.
São pedras, são património,
É isto que elas são,
Tanto veneraram elas
A Senhora da Assunção
Ó fontes da Latada
Que de beber destes a todos nós
Vamos todos lutar por elas
Em memória dos nossos avós.
Não cruzaremos os braços
Nem vamos esmorecer,
Até que coloquem a nossa fonte
No sítio que a viu nascer.
Que tanto trabalharam para ter
Uma fonte cristalina,
Onde todos pudessem beber.
Não tiveste salvação
A dor é de todos nós,
Foram punhaladas que deram
Na memória dos nossos avós.
Ó pedras da Latada
Tão desprezadas estais e sós,
Sóis o espírito do nosso povo
A alma dos nossos avós.
“Cederam “as hortas de Pendilhe
Mas foi ideia mal talhada
Puseram um W.C.
No lugar das fontes da Latada.
Na fonte da Latada
Tanto se namorou…
Gente e animais beberam,
E agora tudo acabou.
E os canecos à noite em fila
À espera de encher,
P’ra termos água em casa
E podermos adormecer
Lá vai o caneco cheio,
Sobre a cabeça, qual Andor
Foi buscar água à Latada
Que é boa e tem outro sabor.
Que mal fiz eu fonte
Para tanto penar?
As voltas que eu já dei…
Por favor, deixem-me descansar.
São pedras, são património,
É isto que elas são,
Tanto veneraram elas
A Senhora da Assunção
Ó fontes da Latada
Que de beber destes a todos nós
Vamos todos lutar por elas
Em memória dos nossos avós.
Não cruzaremos os braços
Nem vamos esmorecer,
Até que coloquem a nossa fonte
No sítio que a viu nascer.
1 comment:
Parabéns ao autor do poema porque além do talento artístico, também é uma pessoa muito sensível e apaixonada pela sua terra natal. Penso que além de um hino às fontes da Latada, este poema é a demonstração de que ainda existem pessoas que respeitam as suas origens e valorizam o que de bonito têm como património cultural na sua terra.
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