Friday, June 17, 2016





De sol a sol a cegar
com a ceitoira na mão
cantava-se e dançava-se
não havia solidão.

As mulheres de lenço na cabeça
para o sol pouco queimar
eram as que mais cegavam,
os homens gostavam de atar.

O garrafão, passava poucas vezes
não fosse o vinho embebedar
só se bebia com um fôlego
porque mais, parecia mal, tinha de se passar.




 Usavam as pegas nas pernas
pro animal ir devagar
não seria nada cómodo
mas era a maneira de os apanhar.










Nós temos um calhau
um calhau que dança
qualquer um o faz mexer
mexe, mexe e não se cansa.

São toneladas de peso
que até o vento, o faz mexer
fica na casa da Raposa
vão lá, que é digno de se ver



Esta magnificência da Natureza, assemelha-se a um pedaço de coluna de um qualquer animal do jurássico  

Giestas em flor,  de uma beleza ímpar, aproveitem e vão ver no mês de junho o magnifico Jardim

A carapaça de uma tartaruga que por aqui ficou...



Mais parece um peixe
que por Pendilhe quis ficar
ficou mais rica a nossa terra
com este lindo exemplar

Lembra-se de tanta coisa
nesta sitio se passar
é um bom observador
e tem memória pra durar.





Esta é a minha foto de eleição
parece um elefante de verdade
que tem o seu habitat
 lá prós lados do Sr da Piedade


Há tanto tempo que aqui está
sem nunca sair do lugar
sempre viveu na esperança
de alguém, um dia o encontrar

Procurando as deliciosas putigas
tanto tive de palmilhar,
por entre vegetação e pedras
o meu Elefante fui encontrar



Esta foto foi tirada no Promoço
onde o rio Mau encontra seu irmão
reparem que mais parece um quadro
com cristalina àgua, pedras e linda vegetação


 Alguém um dia pensou
a água do depósito aproveitar,
e fez este tanque sozinho
pra pessoas e animais saciar


Pessoa de pequena estatura
que tinha o nome de João
era um mestre na pedra
ao trabalho nunca dizia não.

A fonte tem o seu nome
é a fonte do Martinho,
nunca seca no verão
e fica à beira do caminho.



Estas são as famosas putigas, o lanche dos pastores que andavam com o gado----bons tempos

Pois é biológico........assim mama até adulto

Fantástico rebanho em terras de Pendilhe

Chama-se o moinho Batareu
que anda, anda numa dança
que não deixa ninguém sem farinha
seja velhinho ou criança


Roda, roda, roda, roda.
roda o rodízio sem parar
sai a farinha da mó
pra na masseira se amassar.

Já é um ícone de Pendilhe
que os herdeiros, têm orgulho em preservar
de vez em quando avaria,
e lá têm de o compor, pra ele voltar a girar.

Trazia-se o milho ás costas
mais a lanterna na mão
tinha de ter cereal na moega
não podia andar em vão.


 Que belo cravelho feito
pra esta porta fechar
era assim na minha aldeia,
em todos se podia confiar.

As portas estavam abertas
e todos podiam entrar
mas ninguém tirava nada
havia valores a respeitar.


Um belo exemplar de castanheiro que está na Cubada


 O mês de Julho era o mês da gadanha na mão
sempre numa roda viva,
 que os fenos tinham de se cortar.
Uns ceifavam bem, outros nem tanto,
mas o pior era a gadanha picar.

Eu gostava muito de cegar
com a gadanha bem afiada
foi meu pai que me ensinou
e me disse:-cegar assim não custa nada.

Pra picá-la, só quem sabia
da arte de a  esticar
porque se não ficasse bem,
não se conseguia cegar.







No comments: